ABRUPTO

31.7.10


COISAS DA SÁBADO:  PROTEGE A “JUSTIÇA” O PRIMEIRO MINISTRO ? (2)


Também não percebo nada da destruição completa nos despachos do PGR das referências às escutas do PM. Não percebo mesmo nada porque o PGR disse à Comissão de Inquérito sobre a TVI, para justificar não enviar os despachos, que esses só seriam divulgados no fim do processo chamado “Face Oculta”. Tal frase só tem sentido se essa divulgação fosse integral, porque a parte conclusiva desses despachos era já conhecida. Não percebo que agora houvesse esta reviravolta. Mas há mais: face a uma nova insistência para que o PGR enviasse os despachos sem a transcrição das escutas do PM, o PGR respondeu que não sabe o que é isso de despachos “truncados”, pelo que se negou pela segunda vez . E agora o próprio PGR trunca os seus próprios despachos... Não percebo como é que se pode saber da correcção da decisão do PGR sem ser pela integralidade dos seus despachos, visto que as acusações a que decidiu não dar andamento, só podem ser analisadas pelo seu todo. Não percebo mesmo nada disto. A única coisa que eu sei é que um elemento fundamental para o julgamento da atitude do PM e da decisão do PGR foi destruído. Isto é normal, até à luz das sucessivas contradições do PGR? Não o é de todo. É completamente anormal.

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© José Pacheco Pereira
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