ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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27.6.10
Pior. Do populismo… popular, da demagogia… do povo. Passe o pleonasmo. Ou seja da mais perigosa variante, a que se adensa no ar à procura de um corpo, de um protagonista. À solta. Mas, como uma tempestade, está a crescer, está a aumentar a escuridão da nuvem, está a descer a pressão rapidamente. Sem corpo ainda. Nos cafés a norte, nas filas, nas paragens de autocarros, nos comboios dos subúrbios, nos telefonemas para os fora que ainda são genuínos, quando se espera para receber a reforma, nos correios para pagar uma conta, nos comentários feitos por gente e não por aprendizes de feiticeiro da desinformação, na Internet, está a crescer. E os piores políticos são os que querem cavalgar a onda. Ou os que pensam que ela se distende se lhe derem eco. Os jornalistas que são hoje meio-políticos, também acham que não lhes chega o mal que ateiam para os outros (enganam-se, na Internet circulam os salários da RTP…). O populismo que cresce com a crise, se encontrar um corpo, vai ser fora do sistema político. O populismo que vencer só quererá jornais tablóides e colocará políticos e jornalistas do mesmo lado. Estão todos a brincar com o fogo, onde serão os primeiros a ficar queimados. (url)
© José Pacheco Pereira
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