ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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26.3.10
Eu vejo com imensa ironia as tribulações de alguns deputados com as fotografias que indevidamente e em violação da lei, alguns fotógrafos tiram dos ecrãs dos deputados. De vez em quando há quem lembre contra mim o encerramento de um corredor na Assembleia que deu origem a uma luta épica pela liberdade de expressão ameaçada. Na verdade, a regra que se pretendeu impor, nem sequer de minha iniciativa, hoje existe em todo o esplendor com o acesso dos jornalistas vedado às áreas de trabalho dos deputados, sem que ninguém proteste. Só que na altura não havia espaço entre o corredor da discórdia e os gabinetes e todo o tipo de abusos, como seja abrir portas de gabinetes para ver quem lá estava, existia. Enfim, agora os deputados do PS, na altura muito escandalizados com os corredores, sentiram-se incomodados e bem com o abuso de intromissão fotográfica. A resposta do senhor Presidente foi inadmissível e permite todos os abusos com o argumento que tudo na Assembleia é público. Como atrás dele não há ninguém a espreitar para a sua mesa, percebo que tenha pouca sensibilidade à devassa dos outros. Sendo assim, eu proponho que haja na sala dos senhores jornalistas computadores com acesso directo aos dos deputados na sala, cumprindo-se assim o carácter “público” do seu uso, como pretende o Presidente. Não precisam assim os fotógrafos de andarem a esticar-se nas galerias com risco de caírem e os senhores jornalistas podem ler com calma o correio dos representantes da nação. E porque não câmaras de video nos gabinetes? Já esteve mais longe. (url)
© José Pacheco Pereira
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