ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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18.2.10
TEXTO INTEGRAL DAS RESPOSTAS DADAS AO PÚBLICO EM JANEIRO DE 2010 (e que foram utilizadas em parte num artigo de Luciano Alvarez) 1 – Como viu o debate político nos blogues e redes sociais durante as campanhas eleitorais do ano passado? Muito incipiente e dominado pelas actuais pragas da blogosfera: tribalismo, competição a preto e branco, baixo nível da linguagem e insultos, dependência mútua entre a agenda dos media e a agenda dos blogues, e já muita desinformação disseminada pelo poder político em intervenções profissionalizadas, quer por via de agências de comunicação, quer através de falsos blogues criados para o efeito. Há uma diferença abissal, para pior, entre a campanha das presidenciais, que tinha blogues de apoiantes genuínos, o Super Mário e o Pulo do Lobo, e a selvajaria actual. 2 – Muitos políticos e candidatos criaram blogues e entraram nas redes sociais durante a campanha, mas, depois das eleições, saíram por completo. Os políticos portugueses tiram o melhor proveito da internet para a passagem da mensagem política? Para muitos políticos, por ignorância ou desinteresse, o uso da internet é mais uma obrigação de campanha do que uma actividade sistemática. Por isso dizem-lhes em campanha que tem que fazer umas coisas na internet e eles fazem ou mandam alguém fazer por eles. Depois vão-se embora. Infelizmente, os políticos que “melhor proveito” tiram da internet fazem-no no contexto do ambiente que descrevi acima: destruição simbólica do adversário, desinformação, condicionamento da comunicação social, com falsas “vagas” de opiniões. Há muitos jornalistas que se comportam da mesma maneira, logo a simbiose dá resultados num empobrecimento dos media em geral. 3 – A blogosfera e as redes sociais marcam o debate político? De que forma e quais as diferenças entre o debate político nos blogues e nas redes sociais? A discussão política propriamente dita é hoje muito pobre, superficial, feita de anátemas e processos de intenções. Há excepções, mas confirmam a regra. (url)
© José Pacheco Pereira
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