ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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29.11.09
A bengala, as moedas, o chaveiro,
A dócil fechadura, as tardias Notas que não lerão os poucos dias Que me restam, os naipes e o tabuleiro, Um livro e em suas páginas a ofendida Violeta, monumento de uma tarde, De certo inesquecível e já esquecida, O rubro espelho ocidental em que arde Uma ilusória aurora. Quantas coisas, Limas, umbrais, atlas e taças, cravos, Nos servem como tácitos escravos, Cegas e estranhamente sigilosas! Durarão muito além de nosso olvido: E nunca saberão que havemos ido. (Jorge Luis Borges, tradução de Ferreira Gullar) (url)
© José Pacheco Pereira
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