ABRUPTO

10.8.09


ÍNDICE DO SITUACIONISMO (98):
NÃO TEMOS FONTES, NEM CITAÇÕES QUE SIRVAM, ARREDONDAM-SE OUTRAS PARA O EFEITO

A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração.
E, nalguns casos, de respiração assistida.

Não sei se reparou na notícia principal do último Expresso. O título (em letras grandes, naturalmente) é «Marques Mendes abre guerra a Manuela». Vai-se ver qual é a notícia em questão e, ainda na capa, vem que Marques Mendes «lastima *falta de «liderança forte»*» (o que represento aqui entre asteriscos está a negrito no original). Aqui há algo que é de molde a levantar suspeitas: porque é que só «liderança forte» está entre aspas? Além disso, de que é que está a falar Marques Mendes? Se se for ver o artigo em questão, na página 6, este tem por título «Listas de Manuela incendeiam PSD», pelo que é natural que se pense que o ex-líder está a falar das listas para deputados. Mas não! Se se for ver a notícia, constata-se que o que ele disse foi «Nestas matérias de fractura, haver uma liderança forte é muito importante.» só que ele estava a falar da lei de inibição de candidaturas de cidadãos com processos judiciais. E assim se cria a impressão de que Marques Mendes estava a criticar as listas para deputados.

(José Carlos Santos)

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© José Pacheco Pereira
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