ABRUPTO

8.6.09




Escrito aqui em Abril de 2009:
O candidato fora do tempo, Paulo Rangel, foi escolhido pela razão mais óbvia de todas, mas que pelos vistos escapa a muita gente: as eleições para o Parlamento Europeu são entendidas como tendo o significado de, pelo menos, serem uma grande sondagem das eleições nacionais e de serem um momento para a discussão dos problemas do país, da crise que atravessa e da inserção europeia das suas políticas. Não vão ser outra coisa, não podem ser outra coisa, não devem ser outra coisa. (...) é fazendo a discussão nacional, da crise, do desemprego, das medidas do governo, da corrupção, da descrença face à política, das políticas de grandes obras públicas, do sistema financeiro, etc., etc. no quadro das políticas europeias e da situação da nossa parte do mundo e do nosso país, que se dá significado às eleições europeias. (...) Paulo Rangel é o candidato ideal para o PSD, no contexto do debate realmente existente e não do virtual, e no contexto da situação interna do PSD. Com Rangel será difícil o trabalho da patrulha das nuances que teria uma época cheia se fosse Marques Mendes o candidato, e transformaria a campanha europeia num debate sobre o PSD e a sua liderança, com resultados que seriam sempre, no plano político, favoráveis ao PS. (...)

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© José Pacheco Pereira
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