ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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9.2.09
ÍNDICE DO SITUACIONISMO (35): VÁRIA A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração. E, nalguns casos, de respiração assistida. O situacionismo da nossa comunicação social vai muito mais longe do que a relação com o poder socialista. Manifesta-se do mesmo modo face a outros poderes, incluindo o próprio poder corporativo. O resultado é sempre uma complacência dúplice e um défice, igualmente dúplice, de escrutínio e crítica. O BE, que sempre beneficiou de uma boa imprensa, seja por razões de simpatia política, seja pela partilha de uma cultura da moda radical chic (que inclui muita gente da direita, a começar pelos blogues próximos do PP "portista", que cultivam uma relação espelhar que favorece os dois lados do radicalismo), mostra bem como funciona este situacionismo. Veja-se este exemplo de uma reportagem do seu congresso (de autoria de Eva Cabral no Diário de Notícias) que mistura o elogio político com a valorização corporativa: Imprensa livre [subtítulo]Tudo é significativo. O subtítulo de "imprensa livre", porque se pode circular por todo o lado. Experimentem perguntar a Louçã se ele ainda é trotsquista e o que faz na IV Internacional para ver a "liberdade". E depois o mix muito comum de corporativismo com um elogio que, por vir de boca alheia (de um jornalista ainda por cima), é puro benefício: "a direcção viu o seu peso interno sair reforçado". Esta agora, porquê? O que é que tem a ver uma coisa com a outra? (url)
© José Pacheco Pereira
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