ABRUPTO

24.1.09


ÍNDICE DO SITUACIONISMO (9):
A QUESTÃO FREEPORT NA COMUNICAÇÃO SOCIAL
(3)



Nenhum título especulativo entraria aqui, por muito que fosse incómodo para o governo. Não é essa a questão. A questão está nas escolhas, que sei muito difíceis e delicadas, dos títulos, mas também no modo como eles revelam as background assumptions dos jornalistas, e a sua independência do poder, este ou outro. No mais que explosivo caso do Freeport, que envolve claramente suspeitas de corrupção do Primeiro-ministro, o Correio da Manhã, seguido pelo Público, fazem títulos sólidos e to the point. O Correio da Manhã vai mais longe escrevendo "Sócrates" e não o "Primeiro-ministro" como faz o Público. Julgando pelas edições em linha, as únicas que disponho, é o Correio da Manhã que acrescenta mais informação inédita e que coloca o caso a um nível que exige imediato e cabal esclarecimento, muito para além das frases ambíguas, contraditórias e cuidadosamente omissas dos comunicados de Sócrates. O Diário de Notícias já, de todas as matérias noticiosas que dispunha, escolhe uma frase autojustificatória do Primeiro-ministro. O Jornal de Notícias bate todos os índices de situacionismo. No entender do jornal, o caso Freeport deve ser uma aborrecida inconveniência ocorrida a Sul, que não merece qualquer relevo noticioso.

Correio da Manhã - SITUACIONISMO - 4

Público -................. SITUACIONISMO - 3

Diário de Notícias
- SITUACIONISMO +2

Jornal de Notícias - SITUACIONISMO +5

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© José Pacheco Pereira
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