ABRUPTO

4.1.09


LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 4 de Janeiro de 2009.


A razão a contra-corrente:
Muito silêncio em redor da colagem de Cavaco Siva ao discurso de Manuela Ferreira Leite: o endividamento, "falar verdade" ( a primeira aposta de MFL depois de ter ganho as directas), escrutínio rigoroso dos investimentos públicos, etc. É natural. Com os analistas e os jornalistas ( uma espécie de binómio cinotécnico em versão palavrosa) quase unânimes em considerar o discurso de MFL vazio e despropositado , ser-lhes-ia agora impossível emendar a mão. (FNV no Mar Salgado)
Diria, de uma forma simples e genérica, que problema não está nos comentadores; em bom rigor qualquer um pode ser comentador, ou pagos na comunicação social dita “clássica” ou por gosto nos blogues: médicos, futebolistas, top models, engenheiros, politólogos, jornalistas, qualquer um pode ser comentador e veicular a sua leitura da actualidade. O problema parece-me ser o da falta de limite “higiénico” entre o acto de informar e o acto de comentar. O problema é querer fazer passar por informação o que afinal não passa de um comentário, mesmo que contenha alguma informação relevante. O problema é também decidir que muita irrelevância factual é informação. As fronteiras esbatidas propiciam a falta de clareza e de transparência entre informar - que deve ser feito por jornalistas - e comentar. Quem perde é a a sociedade em geral que não dispõe de uma informação verdadeiramente profissional. (jcd no Hole Horror.)

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© José Pacheco Pereira
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