ABRUPTO

14.1.09


ÍNDICE DO SITUACIONISMO

(Nova rubrica do Abrupto ainda escrita com as dificuldades do trânsito.)

ÍNDICE DO SITUACIONISMO (0 a 5):

Editorial do Diário de Notícias (14-1-2009) sobre o abaixamento do rating de Portugal pela Standard and Poors. Todo o texto é uma justificação do abaixamento do rating dulcificando as críticas à política económica do governo que a S&P faz. Preocupação que merece relevo para o Diário de Notícias (o eleitoralismo do governo apontado pela S&P não merece relevo): "a indefinição política resultante de um possível resultado eleitoral este ano, que não garanta um Governo estável apoiado numa maoiria absoluta". Conclusão: o PS tem que ter maioria absoluta. - 4

Editorial da Focus (14-1-2009): Interessante maneira de entender a coisa pública e sugestivo vocabulário: "A proposta de Manuela Ferreira Leite (do debate com Sócrates) não tem sentido nenhum e só um primeiro-ministro parvo, ingénuo ou incompetente se prestaria a fazer um frete destes ao seu adversário."

Idem, sobre a entrevista de José Sócrates: "Depois de uma entrevista- em que mais uma vez. José Sócrates resistiu a tudo, mostrando um profissionalismo indestrutível e uma firmeza que, sobretudo quando se exerce sobre si próprio, sob a forma de autodisciplina, não falha..."

- 5

SICN (13-1-2009) - Comentários de Luis Delgado e Mário Bettencourt Resendes sobre o e-mail das inaugurações enviado por Mário Lino às empresas. Muito bem, devia fazer mais para divulgar a obra do Governo! Mostra de competência. Em uníssono. Delgado explicou a sua admiração por Mário Lino, Resendes nem sequer precisou de fazer qualquer comentário de ponderação. Excelente governo. - 5

SICN - Entrevista a Bagão Felix e Campos e Cunha sobre o rating da República. Ambos, principalmente este último desmantelam a política do Governo, Orçamento, grandes obras públicas, dívida. - NEGATIVO

»

Os números no final de cada parágrafo classificam o autor da intervenção, o visado pela intervenção ou o órgão de comunicação social? Aquele -NEGATIVO é dirigido a quem? Ao Campos e Cunha !?

Julgo que o seu objectivo é classificar o órgão de comunicação social quanto à atitude situacionista que revela.

Se me permite a sugestão, penso que deveria começar por definir a escala, que em valores absolutos iria de zero a dez, ou talvez apenas de zero a cinco, como parece que pretende fazer, mas em que o sinal positivo seria atribuído a uma atitude situacionista, ou seja, concordante com o governo, e o sinal negativo a uma não-situacionista.

Uma vez que os sinais + e - podem passar despercebidos, colocaria um S (de situacionismo) com uma barra atrás de cada número, afectado do sinal.

Por exemplo, S/0 seria atribuído a uma atitude ou intervenção neutra, nem pró nem contra a situação.

Ao caso de máximo situacionismo seria atribuído S/+5 e ao caso de máxima oposição S/-5.

(Jorge Pacheco de Oliveira)

NOTA DE JPP- Tem razão, introduzirei alterações logo que possa.

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«Editorial da Focus (14-1-2009): Interessante maneira de entender a coisa pública e sugestivo vocabulário: "A proposta de Manuela Ferreira Leite (do debate com Sócrates) não tem sentido nenhum e só um primeiro-ministro parvo, ingénuo ou incompetente se prestaria a fazer um frete destes ao seu adversário.

Noutra leitura, poderia ser assim:

«A proposta de Manuela Ferreira Leite (do debate com Sócrates), apesar de pouco canónica, poderia fazer ressaltar um primeiro-ministro inteligente, maduro, competente e corajoso, prestando-se a rebater publicamente a sua adversári


«Delgado explicou a sua admiração por Mário Lino»

Que Mário Lino, o do deserto a Sul e da opção Ota?

Também é verdade que o comentador Luís Delgado já era capaz de ver nas suas crónicas de 2002/2003, a meio do período do governo Barroso, os primeiros sinais de retoma económica! Excelente capacidade de visão e análise.

(B. Monteiro)

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