ABRUPTO

31.12.08


O ANO A CAMINHO DO FIM (2): A CRISE

A crise quando chegou a Portugal (apenas na data em que o Primeiro-ministro entendeu que ela chegava, muitos meses depois de ela já ter chegado) encontrou outra crise instalada. O país não cresce há uma década, todos os números são maus, todos os indicadores estão no fundo da Europa, tudo está como estava em 2005 ou pior. Uma excepção: um controlo das contas públicas obtido essencialmente com um aumento brutal de impostos e uma verdadeira prepotência fiscal sobre os mais fracos. Seja como for, esta parte é mérito do governo. Mas se não houvesse crise, a de fora, José Sócrates teria muito que explicar sobre como é que um governo que tinha tudo a seu favor, maioria sólida, presidente cooperante, oposição fragilizada, “consenso” vasto, apresentava resultados tão medíocres. A crise de fora disfarçou a de dentro, mas a mediocridade continua.

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© José Pacheco Pereira
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