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(JPP)
ANTÓNIO LOBO XAVIER -Raça
O efeito Bradley é um pouco um bordão para prolongar esta tarefa desesperada de ocupar o espaço informativo. Cada vez há mais negros e hispânicos em lugares proeminentes, sujeitos a eleição, e os republicanos não são nesse campo os mais tímidos.
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Não me parece que o efeito Bradley seja assim tão
importante. Parece-me que funcionará, como dizem os americanos, em Both Ways.
Parece-me mesmo uma falsa questão.
Se Obama Ganhar, só espero que este
tão aclamado Messias não faça como José Socrates e mude de conversa depois de
Eleito.
Não obstante, dava jeito em Portugal um Obama para envolver o
povo nas eleições.
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Nuno Petinga Silva
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Acresce ainda que - e com isto temo ser demasiado desalinhado - a esmagadora maioria da população negra norte-americana vai votar em Obama por questões raciais. É um facto que dói a muita gente. E a retórica é muito simples: dizem votar Obama precisamente por se dizerem contra o que estão a favorecer, ou seja, para acabarem de vez com o estigma racista nos EUA! Combater racismo com racismo vai acabar mal...
Simão Agostinho
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Será que Luis Costa Ribas não consegue ter outra grelha de interpretação que não o racismo e o efeito Bradley? Há pouco, para ilustração desse perigo, referiu que McCain apresenta uma vantagem considerável nos condados mais a Sul da Virginia e que isso - segundo bem percebi - significa que nos círculos mais conservadores o racismo latente é, por assim dizer, menos latente e mais efectivo. Mas não será que os conservadores votam McCain simplesmente por serem conservadores? Ou será que os conservadores são, automaticamente, racistas?
Francisco Mendes da Silva.
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Será que o efeito Bradley não funcionará também ao contrário?
Ou seja, será que algumas pessoas em comunidades conservadoras não terão receio/vergonha de admitir que vão votar Obama?
Seja como for, temos visões diferentes da política, embora muitas vezes possa concordar consigo, até porque você é um dos poucos homens livres que ainda que indirectamente está relacionado com a política.
Espero que o seu candidato não ganhe. A América e o mundo precisa de uma mudança radical e as mudanças assentam muitas vezes em "pormenores" que são icónicos. E a cor da pele de Obama é um "pormaior" que pode simbolizar o fim de uma era em que a raça fazia toda a diferença.
Jorge Marcedo