ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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31.10.08
POEIRA DE 31 DE OUTUBRO
Hoje, há mil quinhentos e trinta e três anos, um rapaz que não sabia bem o que lhe estava a acontecer, foi proclamado imperador romano do Ocidente usando o nome de Romulus Augustus. Muitos chamavam-no de "Augustulus", um diminutivo pejorativo, o "pequeno Augusto". Seu pai, um usurpador do trono, que ninguém reconhecia como imperador, usou-o como fachada para o seu próprio poder, já frágil e escasso, face aos chefes germânicos que controlavam militarmente o que sobrava do império ocidental. Menos de um ano depois, um desses chefes, Odoacro, conquistou o que sobrava do império, pondo um ponto final a cerca de mil anos de poder romano. Dizia-se que Odoacro poupou a vida ao pequeno Romulus porque este, quando foi preso, depois do seu pai ser morto, usava um alfinete com um pequeno leopardo de ouro segurando a túnica. A tribo de onde era originário, os Scirii, consideravam que matar um leopardo podia acabar com o mundo, interrompendo o Tempo. Foi assim que Romulus pôde continuar a ter tempo. Borges interessou-se por esta história e escreveu um poema intitulado os Portadores do Tempo, que nunca publicou. (url)
© José Pacheco Pereira
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