ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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29.8.08
Os críticos do curso político dos últimos anos da UE tem dito sempre que as aventuras de engenharia político-institucional que deram origem aos falhados exercícios de Constituição e de Tratado de Lisboa, são distracções do essencial que poderia existir, houvesse vontade política, mesmo com os tratados actuais. Para a UE confrontar o que é essencial – ter políticas de “fronteira”, mesmo com base no mínimo denominador comum (ele próprio muito melhor do que a confusão actual) – são necessárias duas coisas absolutamente interligadas: ser credível do ponto de vista militar e reconstituir a aliança transatlântica com os EUA na base da boa fé e na prossecução de objectivos comuns. Existe um instrumento muito poderoso e que tem a vantagem de unir os “velhos” da UE com os “novos” e de poder servir de base para dar uma nova credibilidade à Europa: a OTAN. É verdade que nem todos os países da UE fazem parte da aliança militar e alguns que fazem traíram-na ainda há muito pouco tempo (os belgas em particular tiveram um procedimento de efectiva traição no início do conflito iraquiano quando bloquearam o reforço do dispositivo defensivo da Turquia, à revelia das obrigações do tratado). Mas a OTAN é a única força armada das democracias europeias e dos EUA que pode contar para conter as ameaças russas à integridade territorial dos países fronteiriços como a Geórgia, e as vindas de países como o Irão. Houvesse empenho em a retirar do limbo em que se encontra e, mesmo sem qualquer tratado, a Europa ficaria mais forte. (url)
© José Pacheco Pereira
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