ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
|
23.4.08
Sem se "consertar" primeiro o PSD, restituindo-lhe um mínimo de credibilidade, o que significa mudar estilos, linguagem, processos e pessoas, não adianta avançar com grandes arroubos programáticos porque pura e simplesmente ninguém os percebe, nem os ouve, nem os faz. Qualquer outra proposta pode ser muito bonita no papel, mas é profundamente irrealista, e serve os "maus", ou é mera retórica. Claro que este meu "primeiro" não deve ser entendido como isolando o "conserto" da renovação programática, as duas coisas têm que ser feitas ao mesmo tempo, mas com uma certa maneira, um certo ritmo, tempo e modo. Aliás, é esta a última oportunidade de ainda o fazer. Se falhar, acabou. Mas se não se cuida da primeira razão (o "conserto"), não se faz a segunda (a cesura política) e não o contrário. Como todos os intelectuais eu também prezo as rupturas, mas é difícil romper mais o que já está rompido, e o que não está rompido está tão puído, que se pode rasgar todo. Poderá dizer-se que ainda bem, estrague-se o PSD para fazer outra coisa, mas eu não faço parte daqueles que querem deixar o país entregue ao PS por mais uma década. (url)
© José Pacheco Pereira
|