ABRUPTO

3.2.08


LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 3 de Fevereiro de 2008


Leituras que valem a pena:

- o "Retrato do Pai Natal" no Portugal dos Pequeninos, um bom contraponto para a louvaminhice que grassa na "cultura" e não só sobre o ministro que há alguma probabilidade de ter sido convidado por engano;

- uma muito interessante entrevista a José Serra na Artes e Leilões de Janeiro de 2008, sobre as técnicas e truques usados nos leilões em Portugal, sim em Portugal, com nomes, pessoas, firmas, casos, tudo;

- uma igualmente interessante biografia de Hugh Everett no Scientific American de Dezembro de 2007 com um título revelador de "The Many Worlds of Hugh Everett", sobre um desses cientistas que tomaríamos por loucos e génios ao mesmo tempo, maus caracteres, infelizes e absolutamente brilhantes, passados, do outro lado, noutros "mundos". A história do homem que tomava as fórmulas da mecânica quântica a sério, não como "realidades" matemáticas, mas como realidades do mundo físico, não "incertas", mas certas numa multiplicidade de mundos existentes, é melhor do que a "ficção cientifica" a que deu origem. Algures alguém, eu próprio, que escreveu esta nota não escreveu esta nota.

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Quanto a Hugh Everett, as ideias dele não me convencem. Mas há muitos exemplos de ideias científicas que inicialmente foram apresentadas como um mero utensílio matemático e que só muito mais tarde foram vistas como correspondendo a realidades físicas. Por exemplo, as ideias de Copérnico não foram, no início, tão chocantes como geralmente se pensa, pois o trabalho dele foi inicialmente interpretado como dizendo que, para efeitos de cálculos, seria mais simples supor que era o Sol e não a Terra que estava no centro do Universo.

(José Carlos Santos)

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