ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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15.1.08
LENDO
VENDO OUVINDO ÁTOMOS E BITS de 15 de Janeiro de 2008 Depois de perdida a "sua" localização, os defensores mais qualificados da Ota estão agora a fazer, tarde e a más horas, a discussão que sempre faltou sobre o aeroporto - a discussão política. O problema do défice de discussão sobre o novo aeroporto nunca foi técnico, foi sempre político. Muita coisa que deveria ser discutida antes foi considerada fechada e apenas prejudicando a "decisão" rápida do "governo das decisões expeditas". Os defensores da Ota, certos das suas vantagens, também achavam que o que se deveria fazer era "andar para a frente". Pagam hoje o preço de ver a mesma linguagem de meia bola e força ser usada para avançar a toda a velocidade com Alcochete. Mas o mais interessante sobre o aeroporto, sua necessidade e tipo, sua localização e impacto, o seu papel na economia nacional, sobre os "interesses" presentes e ausentes, sobre que Portugal fará o aeroporto e sobre que aeroporto precisa Portugal, sobre o efeito da "cidade aeroportuária" como chave de desenvolvimento para todo o país ou apenas para a concentração Lisboa-Setúbal, sobre os riscos de fazer mais um "elefante branco" e destruir o pouco que resta de Portugal por estragar, tudo isto está a ser dito por pessoas como Henrique Neto e José Reis (no Prós e Contras). Henrique Neto fez aliás a mais demolidora intervenção contra o "bloco central de interesses" e contra o governo que ouvi nos últimos tempos. É tão rara que até parecia chinês. Não é preciso concordar com eles sobre Ota versus Alcochete, mas a discussão que estão a suscitar é a que sempre fez falta. * Desculpe a franqueza directa, mas não é bem verdade que só agora os defensores da Ota estejam a fazer a 'discussão que sempre faltou'. (url)
© José Pacheco Pereira
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