ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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4.1.08
COISAS DA SÁBADO: QUAL É O JORNAL QUE MENOS INTERESSE TEM MOSTRADO NOS PROBLEMAS DO CRIME NO PORTO? Um jornal do Porto, o Jornal de Notícias. A razão, vamos fazer a interpretação benévola, é política. No Porto, tudo o que pareça dar razão a Rui Rio é anátema para o Jornal de Notícias e para a redacção do Porto do Público. Rio mostrou insatisfação com a actuação da PJ local e apoiou a decisão do PGR de mandar uma equipa de Lisboa para chefiar a investigação, logo soaram as trombetas do imbecil regionalismo “porto-portista”, que no fundo são a expressão política do stato quo ante, ante Rio. Havia “Super Dragões” a mais nos presos da “Noite Branca”, eliminam-se as referências a esse emblema exemplar da vida da cidade, e fala-se o menso possível de matéria tão delicada. Não é a coisa mais normal do mundo aí haver “polícias e ladrões”, como é suposto ser habitual em todo o lado? Um antropólogo membro da claque veio explicar as profundas raízes sociais que justificavam a sua existência repetindo o discurso que também se ouvia sobre os pobres hooligans, que desabafavam a sua ira social pelo desemprego partindo as cabeças alheias. Esta antropologia de justificação vem mesmo a calhar. Tudo está bem, tudo esteve bem, a violência é “nossa” nem se lhe pode tocar nem com um cabelo. Daí o silêncio que só os “tablóides lisboetas” que não são tão sérios e responsáveis como o Jornal de Notícias, ousam romper. Pobre Porto, que estás tão mal servido de falas e cheio de silêncios comprometedores! (url)
© José Pacheco Pereira
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