ABRUPTO |
![]() semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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13.12.07
![]() ![]() VENDO OUVINDO ÁTOMOS E BITS de 13 de Dezembro de 2007 (2) ![]() Alguém lembra à jornalista da RTP que faz o relato da chegada dos signatários do Tratado ao Museu do Coches que uma manifestação e uns assobios não são uma "mancha" na alva brancura do acto cerimonial? * ![]() * A sua nota sobre o "documento político", além de arrancar uns sorrisos (talvez porque um dos mistérios deste Universo seja qual a natureza do senso de humor de JPP), lembrou-me que aqui há uns anos estive em Glasgow pelo programa Erasmus e tomei contacto com a escola de pensamento dos escoceses referente à Teoria do Discurso. Significativamente mais interressante do que o que tenho visto por cá, baseada em princípios retirados de Foucault, com grande componente prática. Um dos professores, Hugh O'Donnell, tinha vários trabalhos de investigação publicados, incluindo uma análise do funeral de Diana, e tinha estabelecido algumas regras básicas de "spinning" utilizadas pelos Media ou pelos SpinDoctors que os tentam influenciar. Uma dessas regras era "nacionalização" do evento, o torná-lo uma questão de Nação e não de Governo. A força dessa idéia seria tão forte que se torna por um lado um pathos irresistível, e por outro cria uma ansiedade terrível nos órgãos que contemplam o não-seguidismo. No geral, o resultado seria que todos entrassem em linha. O argumento era exemplificado, por exemplo, com uma gravação que mostrava como o discurso do pivot no funeral de Diana - "o luto nacional, a multidão chorosa, as manifestações de saudade" - constrastava com as imagens que se víam - a festa, as máquinas fotográficas, os turistas. (url)
© José Pacheco Pereira
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