ABRUPTO

1.7.07


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OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 1 de Julho de 2007


Mães, antes de chamarem às vossas filhas Sónias, Vanessas, Vandas, Sandras e coisas do género, leiam este artigo do Guardian sobre o peso dos nomes na vida das pessoas. Penso que as mesmas conclusões também se aplicam aos nossos Lenines de Jesus, que pai comunista e mãe católica, apostólica e romana, produziram no Barreiro. Já a multidão de Catarinas pós-25 de Abril, se não tiverem o Eufémia a seguir, devem ter conseguido escapar a destino inscrito no nome.
Não li o artigo que deu origem ao texto do Guardian, mas estou de pé atrás quanto a este estudo. Parece não entrar em conta que o simples facto de pais darem um nome muito feminino a uma filha já revela uma atitude da parte destes que muito provavelmente influenciará a filha ainda antes de esta ter iniciado o seu percurso escolar.

(José Carlos Santos)

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Steven Levitt e Stephen Dubner no famoso "Freakonomics" já tinham publicado um estudo similar, mas com os nomes mais "brancos" e mais "negros" dos EUA, incluindo as classes baixas e altas. Nesse sentido é mais fácil compreender a relação entre o nome e o sucesso, do que estudar se o nome é feminino ou não, que eventualmente também tem muita influência.

A questão dos nomes negros e brancos se calhar cá não se coloca (ou colocará?), mas é interessante que no seu texto dá exemplo de nomes que me parecem na moda nas classes baixas, tendo feito o percurso de transição das classes altas. Parece que essa percepção existe, se calhar também é determinante na leitura e selecção de curriculuns para entrevistas de emprego.

Pessoalmente? Nunca pensamos no assunto nestes termos, mas como nomes mirabolantes não estiveram no horizonte, o risco foi mínimo. No entanto, num detalhe pensamos: Os nomes teriam obrigatoriamente de ser facilmente aprendidos e pronunciados por estrangeiros. João e Rui sempre estiveram fora de questão.

(José Rui Fernandes)
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Por que razão procurar informação em linha ainda não chega e precisa do suporte em papel e do suporte em pessoas: um ensaio de Thomas Mann (que não o da literatura), The Peloponnesian War and the Future of Reference, Cataloging, and Scholarship in Research Libraries.

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© José Pacheco Pereira
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