ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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10.5.07
OS LIVROS DA MINHA VIDA 2 (OS PROPRIAMENTE DITOS, OS VERDADEIROS, OS DA BAYER) Este é um "velho" livro de ficção científica no duplo sentido de ter sido escrito no início do século XX, quando, em bom rigor, não havia o género e por ser um dos primeiros livros da colecção Argonauta (o 53) que li. Mais tarde, li todos os primeiros cem, a maioria na Biblioteca Pública Municipal do Porto, até ao número duplo que tinha o RUR do Karel Capek. Depois, devo ter lido mais um cem, dispersos na numeração até ao 300. Continuei a comprá-los até à numeração dos 400 em diante, mas praticamente nunca mais li nenhum. A ficção científica começou a ficar excessivamente psicologista, mais "fantástica" do que ficção e desinteressei-me. Desta história apocalíptica de fim de mundo ficou-me uma memória de sempre, que se manifestou (e manifesta) pelo gosto por histórias deste tipo: alguma coisa aconteceu à Terra, meia dúzia de pessoas sobreviveram numa nova ecologia devastada. É um tema comum em muitos livros e filmes, mas para mim começou com este livro-catástrofe, um pouco metafísico, de um autor completamente esquecido. Tenho anotada a lápis a data da leitura, 1962, embora deva ser um erro porque o devo ter lido apenas em 1964. O livro foi o sexto que comprei com o meu dinheiro e custou a magna quantia de 12$50, cerca de 6 cêntimos. * Ah, também li muita coisa da Argonauta, mas em África não era fácil fazer colecções desta... Nos anos 60 o tema do fim do mundo estava de facto em voga, creio que por causa da consciência clara da possibilidade da guerra nuclear. A este propósito, o melhor que li foi "Um cântico a Leibowitz" (nº 169, 170 e 171 da Argonauta, de 1971), mais tarde reeditado pela Europa-América (2000)... Etiquetas: ficção cíentifica, Rosny Aîné (url)
© José Pacheco Pereira
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