ABRUPTO

16.2.07


NATUREZA MORTA

À esquerda uma pilha de papéis e livros. Oscar Masotta, Revolución en el Arte e uma edição conjunta da Gulbenkian e da Biblioteca Nacional Francesa sobre livros arménios. Na capa, um grifo antropomórfico. Em cima, um cartucho com um busto de Pombal, oferta do município de Pombal, ainda por desembrulhar. Parecia uma coisa de comer no seu embrulho. Um DVD, instruções para uma câmara de segurança, trinta e cinco folhas com um esboço da biografia de F.M.R., uma pen, um teclado que não está em uso. Um copo de estanho com lápis, um de um Four Seasons qualquer e outro de um Sofitel também qualquer, canetas, um desandador, duas facas de papel, uma com o formato de uma espada, um moleskine meio usado, um postal com o D. Quixote, uma caixa de pastilhas Valda, uma lupa, um disco duro vertical de 400 GB, backup de um backup de um backup. Um agrafador. Duas mãos, um rato à direita que diz Microsoft. O mesmo tapete de sempre que veio do Nagorno-Karabak, uma pilha de números antigos da Seara Nova.

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© José Pacheco Pereira
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