ABRUPTO

25.1.07


MAIS UMA VEZ


Um cidadão prepara-se para começar o seu trabalho, early morning. Ele prepara-se, mas a EDP não está preparada. Não há luz, mais uma vez. Uma hora depois a energia volta. O habitual, como em Tumbuctu.

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Também eu tenho problemas deste tipo com a EDP. Falhas extemporâneas e por vezes muito curtas que afectam aqueles que não vivem nas grandes cidades. Tenho optado por reclamar por escrito, fornecendo informação sobre a hora do corte e a duração do mesmo. Invariavelmente recebo uma resposta (muito tempo depois) em que sou confrontado com a inevitabilidade das condições atmosféricas (se chove é porque chove, se não chove é porque não chove!) e com a certeza que a EDP presta um serviço dentro dos parâmetros de qualidade contratados e definidos pelo regulador.

A questão é que o ónus da prova fica com o cliente - ainda bem que as UPS dos computadores registam as horas das falhas - mas a EDP nunca devolve dinheiro aos clientes por incumprimento de contrato. Falta de concorrência, é o que é!

(António Ribeiro)

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Em Setembro passado, em Lagos, eu e mais dois familiares ficámos bloqueados num elevador, entre dois andares, devido a uma falta de energia eléctrica que durou cerca de uma hora e meia.

Com a ajuda de alguns vizinhos, acabámos por ser retirados de lá com bastante dificuldade e não pouca ginástica, e ficámos a saber que, no mês anterior, cenas dessas haviam sucedido quase todos os dias - um problema agravado pelo facto de o piquete da EDP ter de vir de Portimão, a uma vintena de quilómetros dali!

Acresce que, como muito bem sabe quem já passou por isso, essa intervenção é precedida por um frutuoso diálogo com o funcionário de serviço que, do outro lado da linha, pretende saber alguns dados que vêm nas facturas - uma pretensão que pode ter lógica, mas que tem de ser satisfeita à luz das velas quando a falha de energia se dá de noite.

Enfim... não sei o que pensarão os responsáveis (autárquicos e da EDP) acerca dessa curiosa mais-valia para o turismo algarvio, mas o mais certo é que não pensem rigorosamente nada - pelo menos, "à luz" dos factos...

(C. Medina Ribeiro)

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