ABRUPTO

11.1.07


LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 11 de Janeiro de 2007


Dia das leituras bizarras:



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"Jornalismo de causas", ou seja, política em vez de jornalismo. Um exemplo do Público de ontem sobre a ratificação da convenção da UNESCO na Assembleia da República, onde não há "notícia" mas apenas opinião do jornalista disfarçada de notícia. Numa notícia, seria suposto haver aspas, no título e no lançamento do texto, em particular, nas palavras que são valorativas porque resultam de uma determinada interpretação, mesmo que seja a dos defensores da convenção da UNESCO. A legenda da fotografia, idem. Um jornalista (José J. Mateus neste caso) não pode escrever que "sem esse documento, a cultura nacional estaria em perigo", ou, pior ainda, começar o seu texto com a seguinte frase: "O documento que hoje à tarde vai ser debatido na Assembleia da República é , usando o futebol, o contra-ataque da Cultura [com C grande] à ameaça que vem da Organização Mundial do Comércio." Todo o resto da "notícia" é assim, um artigo de opinião disfarçado. Péssimo jornalismo.

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© José Pacheco Pereira
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