ABRUPTO

23.6.06


LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 23 de Junho de 2006


The image “http://www.correspondance-voltaire.de/assets/images/mahomet_voltaire.jpg” cannot be displayed, because it contains errors. fac-similé encyclopédie Larousse en 7 volumes des environs de 1905
Em França, no meio do incómodo geral e de muitos silêncios (uma excepção em La République des Livres) , republica-se Le Fanatisme ou Mahomet et le prophète de Voltaire, uma peça de teatro, como o nome indica, contra o fanatismo e a utilização da religião para fomentar o assassinato . Voltaire dizia : « Mahomet n’est ici autre chose que Tartuffe les armes à la main

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Muito, muito interessante a análise e os exemplos (via Frescos) com que o (ou a? é masculino ou feminino?) Slate examina as críticas dos seus leitores e o problema de uma publicação na Rede corrigir junto da nota original, uma vez esta colocada num arquivo. O modo como no texto em linha se circula entre os tempos do presente e do passado, particularmente quando o passado é tornado presente por novos dados e pelas rectificações dos erros, ainda não está resolvido.
Veja-se este exemplo de uma crítica de um leitor:

"So, if, for instance, you think you've nailed President Bush in an error, link to the whole speech, so people can see the context. That way, when you're mocking Bush for saying, "I'm honored to shake the hand of a brave Iraqi citizen who had his hand cut off by Saddam Hussein," readers can easily go to the full quote, and see that it says

I'm honored to shake the hand of a brave Iraqi citizen who had his hand cut off by Saddam Hussein. … I appreciate Joe Agris, the doctor who helped put these hands on these men. … These men had hands restored because of the generosity and love of an American citizen …

Bush was shaking the prosthetic hands of people whose real hands had been cut off by Hussein. In context, there's nothing risible about his statement (as Spinsanity also noted; for similar examples, see here, here, and here).

Because of this, I think the Bushisms column shouldn't have run this statement. But I realize that others may disagree. That's why, rather than the impossible first-best world of "always quote accurate sources, and in context," I prefer the second-best world in which writers try their hardest to be accurate, but also provide the sources so readers can judge for themselves."

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Por falar em Timor, está na altura de os órgãos de comunicação social começarem a preparar outra ida e volta dos seus enviados. Até para se saber o que está lá a fazer a GNR, e que timorenses mandam nela, Xanana ou o governo do país. A não ser que tudo isso seja uma ficção e sejam as autoridades portuguesas a decidir quais os timorenses que têm legitimidade para dar ordens à GNR, ou seja, tomem partido. Então, nesse caso, um governo democrático (o nosso) devia ir à Assembleia explicar as suas opções, e uma oposição a sério devia exigi-las. A não ser assim temos que ler os jornais australianos para saber o papel de Portugal na crise de poder em Timor.

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A doença dos títulos: "Timorenses solidários com Xanana". Todos? A maioria? A resposta certa é "alguns" que até podem ser muitos, os que são trazidos "em camiões e autocarros à capital timorense e juntaram-se às cerca de 700 pessoas que passaram a noite diante do Palácio do Governo." Mais do que isto, o jornalista não sabe e provavelmente não pode saber.

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© José Pacheco Pereira
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