ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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5.5.06
A casa da rua Andrássy 60, foi a sede da polícia política húngara, depois de ter sido a sede de uma organização nazi. Hoje é um museu, meio repositório da memória histórica, meio exposição de horrores, verdadeiros neste caso. Visitei-o com mixed feelings, porque me desagrada a espectacularização do terror, que leva à trivialização da história, embora reconheça que a geração que o viveu tem direito a este memorial. A exposição é melhor do que se podia esperar, sóbria, muito copiada dos museus do holocausto, mas impressiva na reconstituição das celas e nas salas de interrogatórios. O carro e o gabinete do chefe da polícia são também objectos que falam, que pela sua mera existência nos dizem muito sobre o que aconteceu. A repressão aos revolucionários de 1956 é lembrada por um depoimento detalhado sobre as execuções, feito pelo responsável pela limpeza do local onde se colocavam as forcas. Um filme de propaganda comunista sobre o julgamento de Imre Nagy devia ser mostrado a todos os que tem ilusões sobre o que foi o "socialismo real".
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© José Pacheco Pereira
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