ABRUPTO

25.2.06


RETRATOS DO NÃO-TRABALHO NA FINLÂNDIA



Descrição: Bar de uma faculdade nos arredores de Helsinki, depois das cinco da tarde.

Apesar da faculdade estar aberta os funcionários do bar já não trabalham a essas horas, o bar no entanto permanece aberto. Nestas circunstâncias o funcionamento do mesmo é muito simples e da mesma forma um excelente exemplo de como as coisas em geral funcionam na Finlândia. O bar adopta um sistema de self-service em que o consumo é cobrado na base da confiança, ou seja cada um serve-se (sejam cafés bolos ou qualquer coisa ao dispor no balcão), anota num caderno o que apanhou, e mete a moeda num porquinho de loiça. E é já aqui ao lado, na Nokialand.

(Nelio Barros)
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Este sistema de self-service baseado na confiança é muito semelhante ao caso de uma empresa, descrito no excelente livro "Freakonomics", que coloca "bagels" em vários edifícios de escritórios da mesma forma:
sirvam-se, mas deixem aqui o dinheiro correspondente, confiamos.
Claro que há roubos de bagels, mas a percentagem de roubos é pequena e dá para a empresa ter um lucro aceitável. O curioso da história é que devido aos registos pormenorizados de vários anos o autor do Freakonomics (já traduzido para português) pode contar-nos factos tão interessantes como saber em que tipos de escritórios há mais roubos, que nas vésperas de feriados propiciadores de ansiedade, como o Dia de Acção de Graças e o Natal, há mais roubos do que na véspera de feriados neutros como o Dia do Trabalhador ou o Dia da Independência.

(Leonel Morgado)

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© José Pacheco Pereira
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