ABRUPTO

22.1.06


QUE FARÁ ALEGRE COM OS VOTOS?

Apesar de todo o mérito da sua decisão de se candidatar, toda a campanha de Manuel Alegre foi baseada num simpático sofisma.

O que Alegre dirá, mais logo, no discurso de encerramento, quer haja segunda volta quer não, é que a sua candidatura é um imparável movimento de cidadãos e para os cidadãos, e carregado de cidadãos, e com trabalho de cidadãos, protagonizado por um cidadão. Resumindo, Alegre fará, como fez desde que se tornou num rebelde socialista, a apologia da cidadania.

No entanto, a verdade é que Alegre é um cidadão-novo: tornou-se, abruptamente, num cidadão, desligado de partidos. O que falta dizer, e isto raramente se diz, é que a candidatura de Alegre só é de cidadãos para cidadãos porque o PS não o escolheu. Doutra forma, os cidadãos poderiam ficar confortavelmente à porta do Altis, que a candidatura seria de um partido, e Alegre diria que assim é que deverá ser em democracia.

(Artur Vieira)

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© José Pacheco Pereira
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