ABRUPTO

9.1.06


LENDO / VENDO /OUVINDO
(BLOGUES, JORNAIS, TELEVISÕES, IMAGENS, SONS, PAPÉIS, PAREDES)
(9 de Janeiro de 2006)


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A molécula que não fica quieta "protonated methane" ou CH5+, um "super-ácido".

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A propósito do "fim do mundo", uma foto enviada pelo Francisco José Viegas "entre a Argentina (Ushuaia) e o Chile (Puerto Williams)", uma daquelas imagens que vale por mil palavras.



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Leitura do PREC, mais propriamente o Põe, Rapa, Empurra, Cai, número zero de Novembro de 2005, só encontrável em selectos e raros lugares. Este comprei-o na Livraria Utopia no Porto. O jornal é um balanço do projecto "Abril em Maio", entre 1994 e 2004, sem dúvida o mais consequente projecto de cultura radical em Portugal. À volta de pessoas como Jorge Silva Melo, Eduarda Dionísio, e Luis Miguel Cintra, o "Abril em Maio" foi singularmente produtivo (deu-nos textos, traduções que nunca de outro modo se fariam, debates sobre autores que caminham para um indevido esquecimento como Mário Dionísio e Carlos Oliveira, etc.), sem perder uma identidade muito própria. O Prémio Nobel a Pinter foi também por arrastamento um prémio ao "Abril em Maio", às suas idiossincrasias e obsessões, às suas paixões e ódios, e aos seus gostos temperados por um sentimentalismo radical e agreste.

Mas o PREC não é o melhor do "Abril em Maio". Rebarbativo, difícil de ler nas suas opções gráficas e de papel (tão grosso que não dobra facilmente), denso nos seus textos sem ser complexo, confuso e longo, tem muito menos do que aquilo que prometia e se esperava. Salvam-se fragmentos, como um artigo de Jorge Silva Melo com memórias de Vespeira, Areal e Palolo e pouco mais.

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© José Pacheco Pereira
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