ABRUPTO

9.1.06


CONTRIBUIÇÕES PARA BOAS / PÉSSIMAS COISAS NA COMUNICAÇÃO SOCIAL PORTUGUESA EM 2005, VISTAS POR UM GRANDE (EM QUANTIDADE) CONSUMIDOR - 4

...se o nível de erros e asneiras no que eu desconheço for igual ao que detecto nos assuntos que conheço, o melhor é nem ler jornais...



Uma coisa péssima na nossa comunicação social (com especial incidência para a imprensa), e não é só em 2005, é a falta de rigor e a superficialidade na informação. Desde logo no próprio critério de selecção. Na definição do que é que é notícia e do que não é.

E depois, no tratamento dos factos noticiados. Textos mal escritos, com evidentes contradições e inconsistências, que não resistem à mais breve e superficial análise de qualquer leitor. Números e datas errados. Ausência quase total de conhecimento ou de investigação sobre o tema tratado.
Por outro lado, é muitas vezes evidente que estamos perante simples transcrições de textos de agências noticiosas ou mesmo dos sujeitos da notícia ou da informação.

O que é grave é que isto acontece também na informação especializada, designadamente na económica, onde só teríamos a ganhar com a isenção e rigor nas notícias (e não estou a falar de opinião ou análise). Concordo que houve uma melhoria com surgimento e afirmação de alguns jornais nessa área. Mas, quem os lê todos os dias com um mínimo de atenção não tarda em perceber e reconhecer os critérios de selecção das notícias, o seu tratamento e as lacunas e incorrecções.

Outro aspecto que me parece péssimo, e é recorrente, é a opinião disfarçada de informação. Costumo dizer que se o nível de erros e asneiras no que eu desconheço for igual ao que detecto nos assuntos que conheço, o melhor é nem ler jornais. O que é pena.

(RM)

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© José Pacheco Pereira
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