ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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2.12.05
Um amigo de Levitan conta que, numas férias do pintor, este se emocionou com a delicadeza deste caminho na terra, numa tarde de chuva, junto a um velho ícone esquecido e apagado pela água. O sentido da paisagem que Levitan tem, muito parecido na sua tristeza poética, delicada e alusiva, com a obra do seu amigo Chekov, levou-o a querer pintar, como fizera noutros casos, este risco direito e perdido no horizonte da vastidão russa. E então lembrou-se que esta não era uma estrada como as outras, esta era a Vladimirka, a estrada que os deportados tinham que seguir para ir para a Sibéria, uma estrada de sofrimento. Aqui está ela.
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© José Pacheco Pereira
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