ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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29.12.05
LENDO / VENDO /OUVINDO (BLOGUES, JORNAIS, TELEVISÕES, IMAGENS, SONS, PAPÉIS, PAREDES) (29 de Dezembro) ____________________________ O blogue de Assouline La république des livres pode ser lido como uma longa lamentação sobre a excelência da edição francesa e as maldades superficiais da anglo-saxónica, um típico exercício do chauvinismo franco-gaulês. Assouline salta lá das suas letras todas as vezes que comenta os prémios literários ingleses e americanos, obviamente o resultado de tenebrosas manobras de marketing, mas percebe-se que o que ele não suporta é que o Booker tenha mais prestígio cultural do que o Goncourt. No dia de hoje, a queixa é com um estudo sobre os títulos feitos à medida (outro dia eram as capas): "Conclusion : 1. ceux qui marchent le mieux sont plus métaphoriques que littéraux 2. Le premier mot est le plus souvent un pronom, un verbe ou un adjectif 3. La forme grammaticale est le plus souvent possessive avec un adjectif et un substantif ou les mots "The... of..." O comentário seguinte é puro Assouline: "Mais comment leur faire comprendre que l'inconnu, l'insondable et l'improbable absolus au coeur de la création littéraire sont irréductibles à des statistiques ?". Parece um poema de Mallarmé: "l'inconnu, l'insondable et l'improbable absolus ". Assouline aproveita para dizer que, rebelde a estas normas, o título do seu próximo livro é Rosebud, o que , convenhamos, brilha de originalidade. * A muito esclarecedora estatística, que deve ser lida com um grão de sal, no Jornalismo e Comunicação: "Jornalistas apoiantes de candidatos * Interessante a proliferação de pequenos truques nos blogues para aumentar as contagens dos medidores de audiências: colocação dos contadores logo à cabeça, até antes dos reclames (deve ser por razões puramente experimentais), aumento exponencial das autoreferências com ligações internas, por aí adiante. Espelho meu, espelho meu... (url)
© José Pacheco Pereira
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