ABRUPTO

28.10.05


PARA A HISTÓRIA DA PROPAGANDA NEGRA E CINZENTA E DA DESINFORMAÇÃO EM PORTUGAL

Este é o papel falso que foi distribuído em vários bairros de Lisboa pouco antes das eleições autárquicas. O seu efeito parece ter sido nulo, mas não há meios para o saber com certeza.

O facto de ter sido produzido, num papel de qualidade, bastante espesso e com cuidadoso trabalho de montagem na utilização falsa dos símbolos da candidatura de Carmona Rodrigues, mostra que não foi obra de amadores. A amplitude da sua distribuição também revela ser fruto de uma actividade minimamente organizada.

Nas últimas eleições não foi um caso único. Na área metropolitana de Lisboa, deu-se um outro caso, em Oeiras, com um papel anónimo contra Teresa Zambujo. É provável que outros casos tenham existido por todo o país.

Nas últimas legislativas, para além da história contra Sócrates, publicada num obscuro jornal brasileiro, oportunamente lido pelo Crime que a reproduziu na capa, houve também uma campanha de grafitis nos cartazes do PS, que também só poderia ter sido organizada, de tão sistemática que era. Ninguém individualmente anda pela cidade toda e, numa ou duas noites, escreve em várias dezenas de cartazes.

Houve também a bola vermelha de palhaço nos narizes dos candidatos, - aliás não de todos -, mas esta iniciativa parece de outra natureza.

Todos estes casos revelam que há gente capaz de tudo para beneficiar os seus candidatos, atacando os seus adversários, e que se move na sombra, mesmo nos partidos. Para além de me parecer ser evidente que se trata de crimes, os quais ninguém investiga que se saiba.

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© José Pacheco Pereira
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