ABRUPTO

26.9.05


O MUNDO ESTÁ PERIGOSO:
TZETZES VENDENDO PHARRUMACY, PHRRMARCY E OUTRAS RECEITAS


O spam é um bom exemplo de imaginação utilizada para nos dar cabo da vida, mas também não é nada de novo quanto ao uso da imaginação com tais propósitos. Não sei porque curiosidade mórbida demorei mais que um segundo a apagar uma enésima propaganda da felicidade química, quando vejo de vislumbre o nome inesquecível de Tzetzes a seguir aos habituais Cia lis, Via gra, Xan ax, Pro pecia, Am bien, Cel ebrex, partidos em duas colunas para não serem reconhecidos pelos filtros de spam. Tzetzes, o que eu conhecia, o das Exegesis in Homeri Iliadem, dos Prolegomena de comoedia Aristophanis, o das célebres Chiliades? O bizantino, o gramático furioso, o precursor do name dropping? Esse mesmo, vendendo Xa nax.

No fundo da lista dos químicos estava a um textozinho destinado a enganar os filtros, talvez tirado por uma dessas máquinas que também “lê” blogues para lhes aumentar as audiências:

Lion. Tzetzes, a grammarian and poet of Constantinople, who lived A HUNTER, not very bold, was searching for the tracks of a Lion. greeted them with this salutation: What sort of a king do I seem wretched creature that I am! to take such precaution against the A FOWLER, taking his bird-lime and his twigs, went out to catch

O mundo está perigoso, mas não está perdido. Tzetzes está vivo, as máquinas lembram-se dele.

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© José Pacheco Pereira
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