ABRUPTO

6.9.05


LENDO OS JORNAIS. SERÁ A MÃO DE DEUS?



Os incêndios este ano. Números deste ano, sem os mortos:

"Os fogos florestais destruíram este ano pelo menos 151 primeiras e segundas habitações e danificaram outras 224. Há 39 instalações comerciais ou industriais afectadas pelas chamas, 19 das quais praticamente destruídas. Na agricultura a situação não é melhor: além dos perto de 900 anexos tocados pelo fogo, perderam-se 1000 hectares de olival, quase 450 de pomares e 125 de vinha. Arderam ainda 2500 colmeias e milhares de hectares de floresta. Nos equipamentos de combate aos incêndios também se contabilizam danos: 16 viaturas ficaram destruídas e quatro meios aéreos acidentados.
Quase ninguém avança com estimativas dos prejuízos, mas todos têm uma certeza: os números vão continuar a subir. Muitos dos elementos disponíveis reportam-se a meados de Agosto e ainda há muitos levantamentos por concluir. Apenas o Ministério da Agricultura (MA) arrisca uma avaliação de 300 milhões de euros de perdas no sector agrícola e florestal.
" (no Público)

Sobre as matas do Estado que não são propriedade privada:

"Cerca de 52 mil hectares de matos e florestas públicas já foram consumidos pelo fogo este ano, representando 22 por cento de toda a área ardida no país até 28 de Agosto. Esta é a pior marca dos últimos cinco anos, segundo dados ainda provisórios da Direcção-Geral de Recursos Florestais. Nem mesmo em 2003, quando os incêndios carbonizaram 425 mil hectares de área verde, o saldo nas florestas sob gestão total ou parcial do Estado foi tão negativo." (no Público)

Sobre a mão de Deus que esmaga a América para revelar os seus pecados de orgulho (como em Sodoma e Gomorra, lembram-se?):

"Não é preciso ser um religioso fundamentalista nem sequer ver no furacão Katrina a mão de Deus para constatar que ele constituiu para os Estados Unidos uma lição de humildade.
Uma lição de humildade perante a força dos elementos, que tornam evidente que mesmo para a nação mais poderosa da Terra não é sensato prescindir da ajuda internacional, mas também uma lição de humildade perante as violentas lacunas da organização social americana e perante a miséria preexistente que o desastre tornou dolorosamente visível.
" (José Vitor Malheiros no Público)

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© José Pacheco Pereira
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