semper idem
Ano XIII
...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ...
(Sá de Miranda) _________________
correio para jppereira@gmail.com _________________
14.6.05
OS MEUS LIVROS QUE SÃO DO EUGÉNIO
No meio da confusão das vidas fiquei com algumas coisas do Eugénio e ele minhas. Nem ele as quis recuperar, nem eu. Ele pode-as recuperar sempre, eu dou-lhe as minhas.
Em cada livro está o seu nome, a bela assinatura “Eugénio” que ele usava há mais tempo, antes de se reduzir ao “E” que parecia um épsilon. Poucas assinaturas têm a ligeireza e a beleza desta, em que o nome se lança a partir da primeira letra, com uma força e elegância rara. Quem conhece a sua poesia, percebe na assinatura o mesmo movimento da sua voz, quase partida do nada e lançando-se para a frente de forma arrojada, voando, para se perder no “o” final, separado do resto do nome. Ponto final. Parece árabe escrito ao contrário, da esquerda para a direita.
Num Rilke francês, num Apollinaire, num Thomas Mann, num…
No meio da confusão das vidas fiquei com algumas coisas do Eugénio e ele minhas. Nem ele as quis recuperar, nem eu. Ele pode-as recuperar sempre, eu dou-lhe as minhas.
Em cada livro está o seu nome, a bela assinatura “Eugénio” que ele usava há mais tempo, antes de se reduzir ao “E” que parecia um épsilon. Poucas assinaturas têm a ligeireza e a beleza desta, em que o nome se lança a partir da primeira letra, com uma força e elegância rara. Quem conhece a sua poesia, percebe na assinatura o mesmo movimento da sua voz, quase partida do nada e lançando-se para a frente de forma arrojada, voando, para se perder no “o” final, separado do resto do nome. Ponto final. Parece árabe escrito ao contrário, da esquerda para a direita.
Num Rilke francês, num Apollinaire, num Thomas Mann, num…
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© José Pacheco Pereira
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