ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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30.6.05
A LER
um dos "poemas da minha vida", Com a Usura de Pound, traduzido por Goulart Nogueira, e transcrito no Quartzo, Feldspato e Mica. Como com muitos outros, foi o Eugénio que mo deu a ler e também tinha a estrelinha (ou asterisco) aqui COM A USURA a lã não chega aos mercados os carneiros não ganham lã com a usura A usura é uma peste, a usura torna romba a agulha nas mãos da virgem e embaraça os gestos da fiandeira. Pietro Lombardo não veio pelo caminho da usura. Duccio não veio pela usura Nem Pier della Francesca; Zuan Bellin` também não foi pela usura nem foi com ela que pintaram «La Calumnia». Não foi pela usura que veio Angelico; nem Ambrogio Praedis, Nem veio a igreja talhada em pedra assinada: Adamo me fecit. e sempre pensei que tinha um verso que vejo agora que não tinha, sobre o ouro que faltaria a Duccio, por causa da usura. Estaria no original? Não sei, nem posso verificar. Seria noutro poema? Só mais uma nota: penso, também não verifiquei, que este poema como muitos outros, foram publicados na melhor revista quase fascista portuguesa, o Tempo Presente. * Ver de Manuel Resende Usura dois, no mesmo Quartzo, Feldspato e Mica. Mas nalgum sítio li, num comentário talvez, a história do ouro. Para quem não saiba o ouro dos quadros de Duccio (e dos outros pintores da época) era mesmo ouro, em folhas finíssimas coladas , por exemplo, para fazer as auréolas dos santos. (url)
© José Pacheco Pereira
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