ABRUPTO

13.6.05


ELO

Entre Eugénio e Álvaro Cunhal: Eugénio tinha em muita consideração o facto da sua poesia ser lida nas prisões políticas. Disse-me mais do que uma vez, antes do 25 de Abril, que soubera com muito gosto que os seus livros circulavam nas prisões. Atribuía esse facto, que lhe teria sido comunicado numa carta ou numa mensagem com origem em Peniche ou em Caxias, ao carácter solar, pagão, erótico, dos seus versos, uma boa companhia para as sombras da cadeia e para as privações afectivas de quem deixou de ter vida livre.

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© José Pacheco Pereira
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