ABRUPTO

4.2.05


O ABRUPTO FEITO PELOS SEUS LEITORES: O VOTO DIFÍCIL

Eu até gostava de votar, mas não me deixam
Os portugueses residentes no estrangeiro precisam de estar registados com o consulado para votarem. Até aqui tudo bem. O problema é que o registo precisa de ser feito presencialmente, um acto burocrático que está em extinção no resto da Europa. Até aqui tudo mais ou menos. A distância entre mim e o consulado português no Reino Unido são 1000 quilómetros de distância, 10 horas de carro ou pelo menos 30 contos de avião (num dia favorável). Agora isto já começa a soar a uma política de tratamento desigual dos cidadãos. E eu até nem me importava de pagar pelos meus direitos, porque me lembro de ouvir muitas histórias lá em casa sobre como se vivia no tempo em que não havia eleições democráticas.

Mas acontece que o consulado britânico em Londres só atende pessoas que “tiverem marcado entrevistas por fax”. Isto seria de rir se não fosse tão deprimente. O consulado envia depois um fax de volta a comunicar ao cidadão o dia em que concederá a real honra de perder tempo com um português. O consulado português em Londres fica no bairro mais caro da cidade, mesmo em frente ao Harrods, mas não tem fundos para contratar funcionários. O rei vai, portanto, nu. A frustração popular já causou desacatos e intervenção policial à porta do edifício. Eu gostava muito de votar, mas o Estado não está para aí virado. Mais experiências de eleitores expatriados, aqui.

(Claudia Monteiro)

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Outro caso: Uma familiar proxima ganhou uma bolsa de estudo em Pequim, paga pelo Governo da R.P.C., portanto sem custas para Portugal que se limitou a custear a viagem.
Para votar, a dificuldade na Embaixada de Portugal e tanta que ao contrario dos estudantes de todas as nacionalidades, apenas os portugueses quase nao votam.
Compreende-se!, e muito trabalho: quase 20 cidadaos nacionais, e obra !

o meu pc perdeu os acentos... sera por dizer verdades que caiem os acentos? nas mentiras, creio que eram os dentinhos...

(António Belchior)

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