semper idem
Ano XIII
...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ...
(Sá de Miranda)
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24.1.05
17:02
(JPP)
POEMA DE BLAKE TRADUZIDO POR VASCO GRAÇA MOURA
(citado no original em OS NOVOS DESCOBRIMENTOS: TEMÍVEL GEOMETRIA)
O tigre
Tigre, tigre, chama pura
Nas florestas, noite escura,
Que olho ou mão imortal cria
Tua terrível simetria?
De que abismo ou céu distante
Vem tal fogo coruscante?
Que asas ousa nesse jogo?
E que mão se atreve ao fogo?
Que ombro & arte te armarão
Fibra a fibra o coração?
E ao bater ele no que és,
Que mão terrível? Que pés?
E que martelo? Que torno?
E o teu cérebro em que forno?
Que bigorna? Que tenaz
Prò terror mortal que traz?
Quando os astros lançam dardos
E seu choro os céus põe pardos,
Vendo a obra ele sorri?
Fez o anho e fez-te a ti?
Tigre, tigre, chama pura
Nas florestas, noite escura,
Que olho ou mão imortal cria
Tua terrível simetria?
(W. Blake)
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© José Pacheco Pereira
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