ABRUPTO

16.1.05


OUVINDO PEGGY LEE

a cantar Johnny Guitar.

*
There was never a man like my Johnny

The one they call ‘Johnny Guitar”…

Meu Deus! Que saudades!

Um filme inesquecível, talvez um dos três melhores “westerns” de todos os tempos e sem dúvida um os grandes, grandes filmes da cinematografia mundial.

Inesquecíveis e maravilhosos, Sterling Hayden e Joan Crawford, e acima de tudo a maior e mais extraordinária criação de ódio e ciúme, a da “Emma” – não me recordo o nome da actriz – num papel ‘secundário’ (só no nome, porque ofusca e domina o filme) como nunca mais vi nem tinha visto. Tenho esse filme gravado a fogo na minha memória, mais claro e detalhado que num DVD.

Um “shootist” que não atira a ninguém, mas que deixa a ideia de que seria capaz de matar todo o “cast” sem fazer grande esforço (a cena do tiro no revolver do jovem bandido); o mesmo jovem, ferido, escondido debaixo da grande saia branca da Crawford ao “grand piano”, o amor dos protagonistas, mais intuído que demonstrado, de uma forma sóbria que deveria fazer empalidecer de inveja todos os que precisam de actos carnais explícitos para dizer o que aqueles dois dizem quase sem falar…e acima de tudo a Emma, personificação do mal absoluto de que é capaz um ser humano.

Já não se fazem filmes assim!

Com “High Noon” e “The man who shot Liberty Valance” (grande, enorme Lee Marvin!) eis a trilogia do “western” fora do tempo e do espaço, que valem por si próprios, como monumentos ao cinema como Arte."

(Luis Rodrigues)



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© José Pacheco Pereira
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