ABRUPTO

9.12.04


CAMPANHA ELEITORAL

Mais uma série de vilas que passam a cidades.

Desde início, toda a história das viaturas blindadas na Bombardier, apresentado num anúncio propagandístico pelo Ministro Portas, me pareceu esquisita. Qual era a solidez e o grau de concretização do acordo sobre a Bombardier? E quanto é que ele custava (porque desde que o estado esteja disposto a gastar dinheiro, todos os acordos são possíveis, até nacionalizar a empresa)? Como é que podia ter havido um acordo sem a administração da Bombardier saber de nada? Afinal parece que não sou só eu que acho tudo muito esquisito, também o Ministro Álvaro Barreto desmentiu que houvesse qualquer acordo. (Posteriormente "esclareceu" que não tinha sido bem isso que tinha dito, numa prática habitual neste governo de fazer de contraditório de si mesmo. A não ser que o Público tenha inventado.)

Numa última réstia de vaguíssima esperança, ainda se pensa que não é possível ir-se tão longe. Engano. É até onde for preciso.

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© José Pacheco Pereira
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