ABRUPTO

7.12.04


80 ANOS

Parabéns, do seu amigo, admirador, algumas vezes companheiro e algumas vezes adversário. Sem reservas para a pessoa, e sem reservas para a parte do político que o fará estar na história, o político a quem devo parte da minha liberdade. Mas não estarei no seu jantar, porque, nos dias de hoje, ele tem um significado político para além do pessoal. Do mesmo modo que eu não desejo que o meu partido proponha ao país um mau candidato a primeiro-ministro, estou longe de pensar que os socialistas sejam alternativa. Considero até, blasfémia!, que um dos crimes maiores dos “meus” é estarem a criar condições para a chegada ao poder dos “seus”. Não irei, se quiser, por razões de “lealdade orgânica”, que o meu amigo sabe o que é, embora quem a levante como uma bandeira deseje apenas obediência às pessoas e não fidelidade aos princípios, sem saber que o substantivo é mais importante do que o adjectivo.

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© José Pacheco Pereira
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