ABRUPTO

23.11.04


LINHA DE DIVISÃO, ESCOLHA E PROMOÇÃO

Os critérios de escolha e de promoção nos órgãos de comunicação social do estado ou nacionalizados (os da PT) são simples: há uma linha de demarcação entre os que acham que o governo quer controlar a comunicação social e os que não acham. Essa linha manifesta-se nos comentários ao “caso Marcelo”, às declarações de Morais Sarmento, às conclusões da AACS, à “central”. Os que não acham são escolhidos e promovidos, os que acham caminham para o limbo.

Os que não acham podem achar tudo mais: que o Ministro das Assuntos Parlamentares devia ter ficado calado, que o governo só faz asneiras nesta área, que tem havido incompetência, podem achar tudo o que quiserem desde que considerem que isso não é o essencial, é o acessório. O essencial é que o governo deve governar, tem direito a “estado de graça”, e merece uma “oportunidade”. É uma opinião, legitima como todas. Só que hoje na comunicação social do estado é o caminho mais certo e seguro para uma promoção. E tantos lugares estão a mudar de mãos…

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© José Pacheco Pereira
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