ABRUPTO

17.10.04


VER A NOITE

sem noite para ver. Ao longe, muito ao longe, uma nova luz: um moinho de vento corta o ar e a humidade. Imagino-o agora, no cimo do monte, onde não há ninguém, com a sua elegante coluna branca presa pelo aço no cimento do pé, a longa lâmina da hélice às voltas, silenciosa. Como é que são os sítios onde não está ninguém?

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© José Pacheco Pereira
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