ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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27.9.04
O ABRUPTO FEITO PELOS SEUS LEITORES: BASIL BUNTING
"(...) Bunting é, a meu ver, um dos melhores poetas ingleses do séc. XX, mas também um dos mais injustamente esquecidos, talvez por ter vivido demasiado na sombra de Ezra Pound e por lhe ter sido colado, de forma acrítica, o rótulo de "epígono". O mesmo se pode dizer em relação a outros poetas esquecidos, como David Jones, Hugh MacDiarmid ou Roy Fisher. Enfim, é todo um mundo de poesia inovadora a descobrir - mas, de preferência, bem longe dos meios académicos conservadores e cinzentos! Muito provavelmente já conhece, mas envio-lhe uns versos de um dos poemas de Bunting que mais gosto (a seguir a "Briggflatts"), "Chomei at Toyama". É uma "tradução"/adaptação comovente do célebre texto "Hôjôki" ("The Ten Foot Square Hut", na v. inglesa) do poeta japonês Kamo-no-Chomei (1154-1216): I know myself and mankind. . . . . . . . . I dont want to be bothered. (You will make me editor of the Imperial Anthology? I dont want to be bothered.) You build for your wife, children, cousins and cousins' cousins. You want a house to entertain in. A man like me can have neither servants nor friends in the present state of society. If I did not build for myself for whom should I build? Friends fancy a rich man's riches, friends suck up to a man in high office. If you keep straight you will have no friends but catgut and blossom in season. Basil Bunting, "Chomey at Toyama", Collected Poems (Oxford: Oxford University Press,1978) 70." (Daniela Kato) (url)
© José Pacheco Pereira
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