ABRUPTO

11.9.04


O ABRUPTO FEITO PELOS SEUS LEITORES: MAO ZEDONG E AS CRIANÇAS

"Esta cena passou-se hoje num restaurante chinês (…)

- Oh mãe, deve ser giro ir à China e ver os chineses todos com farda!

- Com farda?


- Sim com aquelas batas (- Os gestos eram explícitos e qualquer pessoa pensaria nos casacos “à Mao”.)


- Mas os chineses não usam farda, eles, vestem-se como querem e as chinesas adoram a moda ocidental.


- Mas as fardas?


- É verdade que dantes eles tinham um vestuário mais normalizado e o que se vendia nas lojas era muito igual e parecia farda, disse eu, achando que e ideia da farda e da China já estava demasiado firme para que pudesse ficar sem uma explicação.


- E quando é que isso foi e porquê?

(Não estava à espera de uma pequena incursão na história da China contemporânea. Falei brevemente de Mao e da ditadura.)

- Vou estudar isso em História?


- Não me parece, (disse e pensei como era pena nunca se abordar os temas de História Contemporânea na escola. Depois pensei também como é difícil num universo não Anglo-Saxónico abordar friamente, sem paixão nem demagogia os temas da História Contemporânea.)


- Mas eu gostava, e queria saber quem era esse Mao o quê?


- Mao Tse Tung. O que quiseres saber, perguntas-me e tanto quanto possa eu digo-te ou vemos em casa nas enciclopédias.
(E então eu falei da China feudal de Imperadores, dos ideais da luta de classes importados da Europa, das revoluções, de Mao e de uma (falsa) ideia de igualdade que perseguiam obrigando a uma uniformidade a todos os níveis…)

~
- Por isso é que tinham as fardas?


É o que dá ir almoçar aos restaurantes chineses!
"


(J.)

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© José Pacheco Pereira
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