ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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4.9.04
BIBLIOFILIA
Dois livros acompanharão alguns textos próximos no Abrupto: Fatih Cimok, Biblical Anatolia From Genesis to the Councils, 2002 , e Nick Rennison (Ed,), Bloomsbury Reading Guide, Londres , Bloomsbury, 2001. Um sobre sítios de ver, outro sobre sítios de ler. Ambos um retrato de uma coisa que escrevi no princípio do Abrupto, numa fase de morte de blogues por depressão umbiguista: o que interessa está lá fora. E está. Só um exemplo do Bloomsbury, voltando à conversa ouvida ontem sobre a “história da merda da baleia”, ou seja, do Moby Dick. Quer o leitor ler mais alguma coisa sobre peixes, mar e obsessões, pois o Bloomsbury aconselha o Nigger of the Narcissus de Conrad e os Travailleurs da la Mer de Victor Hugo. Ecléctico. Querem os amadores dos comboios, que leram o soneto do Vasco Graça Moura e viram o quadro de Delvaux, mais comboios? Pois o Bloomsbury recomenda o óbvio Crime no Expresso do Oriente da Agatha Christie, o Stamboul Train de Greene (e por ele podemos chegar à Anatólia), e um menos óbvio Bom Soldado Sejk de Hasek. Ou seja, uma coisa leva à outra e depois à outra e depois à outra. Acaba? Acaba é connosco, ou acabamos primeiro. Por isso, pode haver tudo, miséria, sofrimento, doença, alegria, poder ou morte, mas aborrecimento certamente não há. Nunca percebi as pessoas que se dão ao luxo de estar aborrecidas. (url)
© José Pacheco Pereira
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