ABRUPTO

6.8.04


O ABRUPTO FEITO PELOS SEUS LEITORES: AS UNIVERSIDADES ESTÃO A TENTAR FAZER O QUE DEVIA SER FEITO NO ENSINO SECUNDÁRIO (2ª série)

"Também eu sofro com o Ensino. Sou adolescente, estudante do Secundário. Todos os dias observo a ignorância dos meus colegas. Não que eu seja excepcionalmente inteligente, mas considero que, ter amigos do mesmo ano (11º)e idade, que ignoram a existência de Viriato, a fórmula química da água, é absolutamente inaceitável. Todavia, é assim que o nosso país pretende alcançar o pelotão da frente da União Europeia. Com o facilitismo, com a extrema borucracia que impede os professores de reprovar os seus educandos. Não é com mais licenciados que nos vamos desenvolver. É necessária qualidade, em vez de quantidade. Converter o Secundário em Ensino obrigatório é dar mais um passo rumo ao facilitismo.
Sinceramente, não sei onde vamos parar. Só espero estar preparado para o futuro que me espera na Universidade... Ou talvez seja melhor pensar primeiro nos exames nacionais. Desculpe o desabafo. Não estava previsto.
"

(Viriato O Porta-Bandeira )

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"1-Nunca consegui perceber porquê que depois do 25/4/74, rebentaram com o ensino liceal, tendo-se baixado intencionalemte o nível e a quallidade do ensino.
2-Nunca consegui perceber porque rebentaram também com o ensino técnico ( o Cavaco Silva, por ex. vem do ensino técnico);
3-Nos trinta anos de Democracia, os ministros da Educação foram quase sempre do PSD.
4-Nunca consegui perceber como é que o Bagão Félix, na altura em que foi secretário de estado da formação profissional ( os anos doirados dos fundos europeus), não foi capaz de compreender que os dinheiros do FSE eram para aplicar no ensino técnico e jamais para oferecer aos habituais beneficiaários do OGE.
5-Jamais serei capaz de compreender a cultura nacional do facilitismo.
6-Considero um crime histórico de proporções catastróficas, aquela brincadeira (já na altura, evidente à saciedade) da criação das universidades privadas, ocorrida sob o período dourado do cavaquismo.
7-Finalmente: como sobreviver aos póximos vinte anos de declínio, ainda que haja coragem para pôr o ensino ao serviço dos estudantes?
"

(Maria Teresa Carvalho)

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"Na universidade privada onde dou aulas". Não diz "na universidade privada onde sou professor", dá aulas, assim vai o ensino "superior"...

(Manuel Rocha Carneiro)

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"Na sequência do que foi escrito a cerca do estado do ensino universitário em Portugal e da eloquente defesa do sistema feita pelo cibernauta, continuo a afirmar que a forma como o ensino, seja ele primário, secundário ou superior, é encarado e levado a cabo neste país por professores, alunos, pais, enfim, por todos os intervenientes no assunto é fruto direto da forma como o Governo encara a Educação, isto é, como assunto obviamente não prioritário ! A falta de exigência e de responsabilização passa-se a todos os níveis, embora, a meu ver, seja uma atitude fixada desde tenra idade, desde os bancos escolares, copiada dos exemplos que surgem todos os dias, de todos os lados e perpetuados "ad eternum"! Infelizmente enquanto não se ultrapassar essa necessidade de aparecer a qualquer custo, fazendo obras grandiosas em vez de dar formação e salários dignos aos professores para que possam cumprir suas funções de forma eficaz, será muito difícil alcançar um desenvolvimento digno do termo."

(Luiza Rosado)

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